
Padre Quinzinho
Um fato curioso
Muitos fatos interessantes e curiosos aconteceram nestes dias que antecederam a morte do Monsenhor. Vamos narrar apenas, um deles. A vida deste Santo Vigário nós a conhecemos como um livro aberto, virtuosa e humilde. Enquanto viveu, multiplicou e dividiu o seu amor à Senhora do Carmo e à Senhora Aparecida. Ambas tinham um altar erguido em seu coração. No seu cinquentenário, foi a Senhora Aparecida que lhe prestou uma homenagem, vindo até Brazópolis naquela noite inesquecível em que ele a coroou perante uma multidão incalculável de fiéis que, na praça, se aglomerou. Foi uma homenagem recíproca, ela vindo até Brazópolis e ele, coroando-a. No dia de sua morte, fato semelhante repetia-se, mas, desta vez, com a outra senhora Mãe, a do Carmo, que é a protetora da Boa Morte e venerada no dia 16 de julho, dia de seu falecimento. Deve ter sido uma homenagem dela ao filho que tanto a amara. Ele também retribuiu a homenagem da seguinte forma. Quando a ambulância que o conduzia, morto, regressava de Pouso Alegre para Brazópolis, algo aconteceu que deu muito a pensar para aqueles que o acompanhavam. Em dado momento a ambulância parou, de súbito, devido a um desarranjo no motor. E por incrível que pareça, foi parar justamente em frente a uma capelinha, situada no bairro Capote, erguida em homenagem à Senhora do Carmo. Era a homenagem que ele prestava, sem dúvida, à Santa que tanto amava, no seu dia e no dia de sua morte.
Cousas da vida ou cousas de Deus.
Zezé Noronha
Jornal Brazópolis – Agosto 1971




